
Pesquisa realizada, recentemente, pelo CESeC (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes), nas prisões femininas do estado do Rio, revelou um cenário assustador, em que a violência é a principal protagonista. Entre outras coisas, o resultado do trabalho nos leva a refletir sobre o papel das nossas instituições na reprodução da violência e sobre o sentido das ações que têm sido adotadas para reduzí -la.
As formas de violência são muitas, sabemos, assim como suas vítimas e autores(as). Suas origens são variadas e complexas, não resta dúvida. As soluções difíceis, mas possíveis - é bom lembrar, para que jamais consideremos naturais e inevitáveis os homicídios, torturas, agressões, ameaças e todas as formas de desrespeito aos direitos humanos de homens e mulheres, adultos e crianças, cidadãos e cidadãs livres ou encarcerados(as).
O que se vê nas ruas, nas delegacias, nos presídios, nos bares e lares violentos tem raízes. Muitas vezes essas raízes são plantadas na família de origem, ganham consistência no convívio com a comunidade e se consolidam, de forma quase irreversível, nas instituições ligadas ao Sistema de Justiça Criminal. As trajetórias de vida das mulheres presas no estado do Rio são um retrato tristemente expressivo desse encadeamento de violências que se reforçam mutuamente: mais de 95% das mulheres que cumprem pena no Sistema Penitenciário do estado.
Fonte: CESEC
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